PREMATURIDADE

Define-se um recém-nascido prematuro ou pré-termo aquele nascido com uma idade gestacional estimada abaixo de 37 semanas.

Prematuro também é usado para designar imaturidade. O bebé prematuro nasce com uma imaturidade dos seus órgãos e sistemas (respiração, controlo da temperatura, digestão, metabolismo, entre outros) o que o torna mais vulnerável a algumas enfermidades e também mais sensível a alguns fatores externos, como a luz e o ruído.

É um bebé imaturo uma vez que nem todos os seus órgãos e sistemas estão completamente desenvolvidos, havendo a necessidades de alguns cuidados especiais.

Verifica-se que o prognóstico melhora com o aumento de peso ao nascer. O recém-nascido prematuro nascido entre as 31 e as 37 semanas, oscila o seu peso entre o muito baixo peso e o baixo peso, de forma que melhorou bastante o seu prognóstico de sobrevivência, relativamente ao recém-nascido grande prematuro.

As pesquisas indicam que há relação entre prematuridade e hábitos pouco saudáveis como consumo de tabaco, álcool e drogas; má nutrição por parte da mãe, stress materno crónico, entre outros antecedentes maternos ou causas relacionadas com a gravidez (gemelaridade, atraso de crescimento intra-uterino, rutura prematura de membranas, hemorragias, etc).

A prematuridade representa quase a metade da mortalidade neonatal (e quase 80% da mortalidade nos 10 primeiros dias). Apesar dos progressos da reanimação, a taxa de mortalidade permanece inversamente proporcional ao peso do nascimento.

A existência de pelo menos um fator de risco neonatal, leva a uma receção cuidada do recém-nascido na sala de partos e admissão do recém nascido em unidade de Neonatologia, para observação contínua e ajudar na sua estabilização. Esta vigilância poderá ser prolongada em função do risco.

De acordo com a Direcção Geral da Saúde (2006), o tempo de internamento médio dos recém nascidos prematuros é cerca de 45 dias, mas dos sobreviventes com peso de nascimento abaixo de 1000g é superior a três meses. Assim e com todos os cuidados assistenciais a mortalidade neonatal baixou.