Fatores de risco:
A) Idade gestacional:
O sistema imunitário é mais prematuro quanto menor for a
idade gestacional, o que aumenta a susceptilidade à infecção. A passagem de anticorpos
maternos transplacentar ocorre na fase final da gestação, limitando a
capacidade de resposta do recém-nascido pré-termo às infeções.
Considera-se o parto de pré-termo,
o maior fator de risco para o desenvolvimento de sépsis precoce por E.coli.
B)
Corioamnionite:
Na presença de infecção intra-amniótica pode ocorrer infecção
fetal através da inalação e deglutição do líquido amniótico infectado, ou a
infecção ocorrer horas ou dias após o nascimento por invasão sistémica de
microrganismos patogénicos que colonizam a pele e as mucosas do recém-nascido.
A febre materna é a manifestação clínica mais frequente e o
critério clínico mais relacionado com o diagnóstico de corioamnionite. O risco
de sépsis no recém-nascido é tanto maior quanto mais elevada for a temperatura
materna.
C)
Mãe com infeção bacteriana sistémica:
A transmissão de bactérias transplacentar
é uma via de infecção neonatal e por isso, a presença de bacteriémia na mãe
aumenta a probabilidade de sépsis precoce.
D)
Rotura de membranas:
As membranas fetais formam uma barreira para os
microrganismos que colonizam o aparelho genital materno. A rotura de membranas
favorece a colonização da placenta e dos tecidos fetais, cuja as consequências
para o feto, dependem do microrganismo e da sua função imunológica, sendo por
isso a rotura prolongada de membranas, um fator de risco para sépsis precoce no
recém-nascido.
E)
Colonização materna pelo SBG (streptococcus do grupo B):
Os estudos têm demonstrado que portadoras de SGB aumenta o
risco de sépsis precoce. Após a implementação do rastreio universal de SGB às
grávidas e da profilaxia antibiótica intraparto, hove uma redução da sépsis
neonatal precoce, embora continue a ser um dos mais frequentes. Se uma gávida
estiver colonizada pelo SGB, a probabilidade do recém-nascido desenvolver
sépsis, aumenta de acordo com a presença de outros factores de risco. A história
anterior de um filho com sépsis precoce por SGB no período neonatal constitui
um fator de risco para a sépsis numa gravidez subsequente.
F)
Outros fatores de risco intra-parto:
Consideram-se que todos os
procedimentos obstétricos invasivos que facilitam a ascensão dos microrganismos
ou que rompam as membranas da bolsa amniótica favorece o risco de sépsis neonatal.
Em caso de gravidez gemelar, a
presença de sépsis neonatal precoce num dos gémeos é considerado um forte fator
de risco séptico para o gémeo ainda assintomático.
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